quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dia a pós dia...

Não tem como esquecer aquele olhar, era singelo, cativante e convidativo, um sorriso que tentava esconder um desejo mais do que ardente, algo que ela não teria coragem de falar, não até me conhecer pelo menos, naquela praça, bêbado, porem lúcido o suficiente para dizer o que eu tava sentindo,  foi apenas um beijo, foi apenas uma brisa de vento, prevendo o que viria em seguida, porem foi a primeira vez que alguém me fez esperar...
por 2 anos eu esperei, mesmo tendo diversas experiências, mesmo dominando diversas garotas, só na ultima eu descobri uma coisa que eu não havia percebido, eu apenas procurava em todas encontrar aquela garota, procurava desesperadamente, fingindo que era mentira, fingindo que não me importava, depois disso minha vida decaiu de uma forma absurda, não me cuidava mais, não me alimentava direito, era apenas uma pessoa a beira da depressão, prestes a morrer e o pior é que eu mal sabia o porque daquela sensação, lembro-me de chorar baixinho no meu quarto, com medo de que alguém escutasse, afinal, para mim, a minha imagem de pedra valia mais do que os meus sentimentos, como fui tolo, tolo o suficiente para tentar me matar algumas vezes, com a desculpa de me sentir só, porem eu sei que lá no fundo  eu tinha noção, era ela, a garota da praça, era o fim... depois de dois longos anos de espera e tentativas idiotas de acabar  com a minha vida, algo inesperado acontece... ela aparece nos meus sonhos um dia antes de tocar a minha campainha, a essa altura, eu já não me importava com nada, porem, a atendi, com uma serenidade que assustava pela frieza, a minha sorte foi que ela não percebeu o quanto eu estava frio, afinal aprendi com o tempo esconder meus sentimentos, dor, raiva, agonia, desespero, nada aparecia apenas um simples "oi" na porta da minha casa, só traçávamos olhares, nada era  dito, até que ela pula no meu colo e me abraça, me pede desculpas com sua atitude, aquilo me quebra, eu não esperava....
a trouxe para dentro, enquanto conversávamos, meio sem jeito, mais simples, tudo passava pela minha cabeça, tudo o que passamos juntos, ao entrar no meu quarto ela se sentou na minha cama e tirou as suas botas e meias, lembro de não tirar os olhos dos seus  pés, eu gostava deles, me sentei ao seu lado e entre conversar sem nexo, ela me abraça e beija o meu rosto, eu não esperava aquilo e pela primeira vez perdi o controle, segurei seus cabelos com força a tomei nos meus braços  e a beijei, eu pensei que ela não iria querer  me beijar, na quela hora pouco me importava o que ela iria pensar, porem o abraço dela me deu a noção do que estava acontecendo ela queria aquilo, deitamos na cama, eu usava tudo que eu conhecia no corpo dela, minha boca passeava pela sua pele arrepiada, enquanto ela fechava os olhos, sua barriga sumia no meu rosto devagar, enquanto eu abria o botão da sua calça, ela então sai daquele transe inicial e tira a minha camisa, e me deita na cama, tira sua calça e sua calcinha e puxa a minha calça, ela sem pensar muito senta no meu membro rígido e começa a rebolar, dançar e brincar... eu nunca gostei de ficar por baixo, então a retiro dali e coloco ela deitada nesse momento encosto minha boca na sua virilha e começo a lamber freneticamente, me lembro como era gostos ver as suas pernas se tremendo e ela em desespero enquanto gozava, lembro-me que não gozei, porem ela não aguentava outro round e paramos por um minuto, fomos para a varanda fumar um cigarro, lá eu me punha nas suas costas e  a abraçava como se não deixasse ela fugir, nos beijamos mais uma vez e ela me pediu uma coisa que eu nunca vou esquecer...
- Me amarra, me amordaça, faz de mim o que quiser...
Só de lembrar nesses escritos isso já me excita, imagina como eu fiquei naquele momento?
eu apenas sorrio e pego ela pela mão, voltamos para o quarto...
dentro do quarto, eu amarro as suas mãos para traz, coloco uma mordaça em sua boca e em seguida coloco-a de joelhos na frente da cama, me sento na cama atrás dela seguro o seu pescoço e com meus dedos a masturbo... devagar e constante, quando eu percebo que ela estava prestes a gozar novamente eu acelero o movimento... enquanto ela se debatia no chão na intenção de fazer eu parar de fazer aquilo, eu como um bom malvado, não parava cada segundo ela ficava mais desesperada... então eu paro, em meio as respirações  rápidas a pego e coloco ela de bruços na cama, coloco ela na cama e quando o ponto alto está preste a aparecer... eu acordo... a procuro por todos os lados, só vejo uma mensagem no meu celular... "éramos felizes?" e percebo mais uma vez, o quanto estou só  no meu quarto, olhando pra minha cama vejo e desejo, penso mais uma vez....
-será que vale a pena?
Fico esperando a resposta... dia a pós dia...



("ou Volta para meus braços ou seca de vez a ultima gota que tenho de esperança... T.")